Por Allan dos Reis
A Câmara Municipal de Taboão da Serra se transformou em campo de batalha nesta terça-feira, dia 01 de Setembro, depois que o prefeito Dr. Evilásio Farias encaminhou para votação, em regime de urgência, um projeto de lei complementar, que vai transformar a licitação do transporte alternativo de pessoa física para pessoa jurídica. A categoria teme que grandes empresas, inclusive de outros municípios, entrem e ganhem a licitação.

Para Marcelo Ribas, da Coopertab, os moldes da licitação continuam com erros e vai piorar caso a lei complementar seja aprovada. “Vem uma categoria grande de São Paulo e leva tudo. Nós somos pequenos aqui”, desabafa.
O clima começou a esquentar numa discussão entre o vereador Macario (PT) e integrantes das cooperativas que operam no município. Durante o discurso do petista a chave de energia foi desligada e o plenário ficou completamente no escuro. Até o painel de votações se apagou.

Nem mesmo a presença das autoridades policiais impediu que as manifestações, até então pacíficas, se transformasse em atos de violência.
Durante o discurso do vereador Paulo Félix (PSDB), Líder do Governo, objetos começaram a serem atirados em direção dos vereadores. Félix demorou mais de dois minutos para conseguir iniciar o seu discurso. Após a primeira palavra, todos viraram as costas ao plenário.

A sessão foi suspensa até às três e quarenta da tarde de sexta-feira, dia 4, para que a Comissão de Transporte possa dar o seu parecer sobre o projeto.
Ao final, Félix preferiu não falar com a imprensa. Já o Presidente da Câmara, José Luiz Eloi (PMDB), desaprovou os atos de violência, mas evitou fazer criticar a categoria.
“Às vezes as manifestações acabam se excedendo, mas é legítima, desde que dentro dos limites democráticos”, diz Eloi.
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