Os vereadores de Taboão da Serra aprovaram nesta terça-feira, dia 23, o Projeto de Lei 64/2009 que “Cria o Conselho Municipal de Cultura e o Fundo Municipal de Cultura”.
A luta pela criação do conselho municipal começou quando um grupo de atores que participavam da Paixão de Cristo rompeu com a Divisão de Cultura e não estiveram na encenação deste ano.
A briga chegou a câmara e uma das exigências do grupo era a criação do conselho.
Para o líder do governo, Paulo Félix (PSDB), que intermediou a conversa entre a classe artistas e a prefeitura a criação do conselho é uma luta antiga e um avanço na área cultural do município.
“Fica criado o Conselho Municipal de Cultura, órgão de instância colegiada de caráter permanente, consultivo e propositivo, com a finalidade de auxiliar o Poder Executivo no planejamento e formulação das políticas públicas e na implantação de ações destinadas ao desenvolvimento da cultura no Município de Taboão da Serra”, rege o artigo 1º.
Classe artística contesta teor do projeto
O grupo de atores presente a câmara contestou o teor do projeto. Na semana passada já haviam contestado e através do vereador Valdevan Noventa (PV) sugeriram a alteração de alguns pontos.
As emendas, quatro, não foram aprovadas. Nenhuma. Duas mudanças significativas. Primeiro: O conselho seria composto por 10 integrantes e não 9 com foi aprovado. Metade deles ligados à prefeitura e a outra da sociedade civil. Segundo: o conselho não seria apenas consultivo.
A não aprovação das emendas é resultado da falta de ‘jogo de cintura’ da classe artística. Minutos antes da votação eles ainda discutiam, afoitamente, pontos prejudiciais no projeto. Era tarde.
Para o ator e diretor Mario Pazini é o fim. “Vamos continuar fazendo cultura, mas fora do município”, lamenta.
Pazini faz parte do premiado Grupo Clariô de Teatro. Estão localizados em Taboão da Serra, mas o reconhecimento vem apenas 'de fora'. No I Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro foram 3 troféus. 5 indicações.
O líder do governo afirma que as emendas não foram aprovadas por “criar um desequilíbrio ilegal” no número de membros da comissão. “A emenda eleva para 12 membros. Sendo 7 da sociedade civil e 5 do executivo”, explica. Porém, a emenda sugere a composição com 10 membros.
Agora o projeto vai para sanção do prefeito. E ponto final.
* Texto alterado às 13h52: correção de texto
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